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Em um mundo tão volátil, o planejamento de longo prazo ainda é útil para as empresas?


Mão masculina segurando bússola
 

Mais uma vez, iniciarei um artigo indo diretamente à resposta da pergunta do título: sim! O planejamento de longo prazo, ou planejamento estratégico, sempre foi, é, e sempre será útil para as organizações. Dito isso, listarei abaixo minhas experiências que embasam essa resposta.


Para começar, é importante ressaltar que o nível de imprevisibilidade do mundo não é uma variável definidora da utilidade ou não de um planejamento estratégico.

É verdade que a imprevisibilidade dificulta a utilização de praticamente qualquer processo de gestão, mas não é condicionante para sua inutilidade.


O planejamento de longo prazo somente deixaria de ser útil para o mundo atual se o seu objetivo principal fosse prever o futuro. E este, nem de longe, é sua finalidade essencial. O objetivo de um planejamento estratégico é direcionar o desenvolvimento de uma organização. E este objetivo independe de um mundo mais ou menos previsível. Pelo contrário, talvez a imprevisibilidade crescente torne ainda mais latente a necessidade de um direcionador maior para as ações de uma empresa.


Na Hono Inteligência em Gestão, empresa da qual sou sócio e cofundador, temos uma metodologia de desenvolvimento de executivos que se baseia em quatro pilares: propósito, determinação, humildade e ética. Na metodologia, um líder com propósito é aquele com a capacidade de motivar e direcionar seu time para a geração de benefícios reais para a sociedade. E é exatamente nesse pilar que a execução do planejamento estratégico é essencial.


Mas, e então? O mundo mudou radicalmente e a execução do planejamento de longo prazo das empresas continua a mesma? Neste caso, a resposta não. Dois ajustes são extremamente importantes adequar o desenvolvimento do plano aos tempos atuais: a frequência do acompanhamento periódico do plano e a flexibilidade para realizar os ajustes necessários.


Historicamente, talvez a maior fragilidade da execução do planejamento estratégico nas organizações seja o acompanhamento de sua efetividade. A falta de sistemáticas eficazes que permitam às empresas avaliar se o planejamento elaborado está sendo, de fato, cumprido sempre foi uma realidade. Em um mundo de alta imprevisibilidade, isso já não é permitido. É necessário um acompanhamento, no mínimo, mensal, com a participação das principais lideranças, avaliando ponto a ponto do que foi acordado no plano.


Já em relação à flexibilidade, o comum era o plano, após elaborado, ser “escrito na pedra”. A velocidade de mudança atual também já não permite este formato. Revisões periódicas e eventuais correções de rumo são praticamente obrigatórias. Particularmente, costumo recomendar revisões trimestrais, pois esta frequência permite uma relativa regularidade no direcionamento, ao mesmo tempo que não deixa eventuais as correções demorarem muito tempo.


Em resumo, planejamentos de longo prazo continuam fundamentais para o sucesso das organizações. A imprevisibilidade do mundo atual exige algumas mudanças na condução do planejamento, mas, em nenhum momento, o torna desnecessário.

Pelo contrário, com o crescimento do senso de propósito das empresas, fortalecer

o planejamento estratégico é o caminho mais recomendado para o alcance dos resultados desejados.

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